Segundo dia do Seminário de Formação dos Operadores do Sistema Socioeducativo do Rio
03/12/2018
Por Ascom Degase
O
segundo dia do VI Seminário de Formação dos Operadores do Sistema
Socioeducativo do Estado do Rio teve a primeira mesa mediada pela promotora da
2ª Promotoria de Justiça Infracional da Capital, Gabriela Lusquiños. O tema foi
A convivência familiar no processo socioeducativo. A doutora em Políticas
Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Nívia Valença Barros,
tratou do papel e do espaço da família e da mulher dentro da sociedade, através
dos tempos e nos dias atuais. Apresentou uma pesquisa nas unidades do Degase sobre
as famílias dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa. As opiniões das
mães, seus pedidos, a visão delas sobre as unidades, o sistema, as medidas, a
distância e as dificuldades de estar com seus filhos.
Também
na primeira mesa, a assistente social do Degase, Ida Motta, apresentou um
estudo sobre “O movimento de mães dos meninos do Degase” e o "Movimento Moleque". Ida explicou os procedimentos desses movimentos, as conversas com essas mães e as
opiniões que elas têm sobre as condições em que seus filhos vivem
dentro do sistema socioeducativo.
A
segunda mesa teve como mediadora a subcoordenadora da CAO Educação/MPRJ, Renata
Carbonel Cyrne. O professor de Artes, Letras e Comunicação da Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Paulo César Paes, ressaltou a importância
da arte na socioeducação e seus resultados positivos. Explicou como existe a
necessidade da arte na vida dos jovens, principalmente os que estão cumprindo
medida socioeducativa.
- A
arte não pode ser coadjuvante, e sim, essencial. A poesia, por exemplo, é
libertadora. A arte seria como uma relação entre o indivíduo e o meio – definiu
o professor.
Já a assistente
social do Degase (CAI Belford Roxo), Daiane de Oliveira, apresentou o projeto “Multiplicadores
de Saúde”, do CAI. As razões, os objetivos, as dificuldades, e o quanto acrescentou
no cotidiano dos adolescentes masculinos e da unidade. Também mostrou diversas fotos do processo do projeto.
- Temos
que investir em projetos de emancipação social dos nossos adolescentes – disse Daiane,
se referindo ao sucesso das pesquisas e desempenho dos internos que
participaram.
A antropóloga e técnica do Ministério da Saúde, Georgia Silva, apresentou o projeto “Laboratório de Inovação em Saúde”, mostrando seus resultados, desafios e superações encontrados, um trabalho que se unia com a da assistência social do CAI Belford Roxo. Georgia também falou sobre as impressões da "Oficina Juventudes e Saúde", de 2107.
Na
parte da tarde, o Seminário se mudou para a Av. Nilo Peçanha, nº151, em outro
prédio do Ministério Público, onde houve apresentações de trabalhos de
comunicação oral em duas salas. Na primeira sala, os temas foram Saúde Mental,
Territórios e Drogas; e na segunda sala, Enfrentamento das Violências e Sistema
de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.